A História

PARTE I

Olhares Negros é uma série documental que se debruça sobre o acervo pessoal e profissional de artistas negros para narrar suas trajetórias na vida e na arte. É a partir da articulação entre suas memórias, presentes no acervo doméstico dos seus álbuns de família e das suas obras, que conheceremos a história desses artistas de diferentes gerações e que realizam um importante trabalho de reescrita da memória, criando uma contranarrativa ao olhar hegemônico que sempre tentou se impor sobre os corpos de homens e mulheres negras. 

As memórias dos personagens funcionam como chaves de acesso à história do Brasil.  Para homens e mulheres negras na diáspora, a memória adquire um valor político. Por isso a importância do gesto de se debruçar sobre o passado, compreendendo como esses olhares negros se constroem e como incidem no presente/futuro. A história do Brasil foi marcada por inúmeros processos de violação e negação da identidade do povo negro, já é tempo de escrever com luz novas narrativas.
Quando Safira Moreira, fotógrafa, roteirista, diretora de cinema e idealizadora do projeto, entrou em contato comigo e me contou sobre Olhares Negros, meus olhos brilharam. Eu sabia que estaria não apenas colaborando com a identidade visual de um projeto prestigioso o qual eu teria afinidade e alegria de participar, mas também iria trabalhar com alguém que eu admiro, pois estou falando da diretora do filme Travessia (2017), exibido como filme de abertura do Festival Internacional de Roterdam (IFFR) em 2019 e Alágbedé (2022).
O projeto visual consistiu no desenvolvimento de um logotipo + animação que traduzisse a memória e o olhar que atravessa as fotografias, que por sua vez eram feitas em câmeras analógicas e passavam pelo processo químico de revelação fotográfica. Portanto o conceito que norteou a criação foi balizado por memória, olhar, fotografia e revelação.








PARTE II

Para complementar a identidade visual de Olhares Negros alguns assets também foram criados, dessa vez composições visuais com colagens digitais feitas a partir do recorte de fotografias que integram o universo imagético do projeto.​​​​​​​
OLHARES NEGROS
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